quarta-feira, 16 de julho de 2008

Preparada pro fim do mundo... com o Cascão!

Minha vida não é um seriado americano, mas é repleta de episódios... E, se fosse mesmo um seriado, a probabilidade de ser Seinfield era enorme. Ontem estava voltando pra casa de noite, depois do cinema, e lembrei do dia do famoso ataque do PCC. Ok, é algo dramático, até trágico. E todo o perigo, o medo, o caos... Mas qdo eu lembro, eu percebo que só faltava o Kramer aparecer pra ser um dos melhores episódios de Seinfield. Foi tudo muito engraçado...

Começando pelo trabalho. Dispensaram todo mundo e um fretado ia levar o povo pro metrô. Eu, óbvio, precisei fazer xixi antes de ir. Aí estou calmamente lavando minha mão qdo ouço uma moça falando pra outra “Nem lava a mão, a gente precisa ir rápido, ta louca?”. Gente... Chocada como as pessoas abandonam noções básicas de higiene por qualquer coisinha. Se o PCC ia atacar de qualquer forma, que, pelo menos, eu fosse atacada limpa, não?

Caos no fretado, caos no metrô... A rua da minha casa parecia cenário de filme-catástrofe: todo mundo correndo, todo mundo empurrando todo mundo, polícia, carros a 200 Km/h.... E eu rindo muito de tudo isso. Encontrei minha irmã e meu cunhado e fomos ao mercado. A idéia era: se a gente tiver q ficar preso em casa, precisamos de mantimentos, do básico, do necessário. Aí nós compramos papel higiênico, sorvete e uma revistinha do Cascão. Ou seja, estávamos preparados até pra Terceira Grande Guerra, pra uma invasão alienígena ou pro Apocalipse.

Voltando pra casa, quase fomos atropelados por um carro na contra-mão. Higiene, bom-senso e cidadania – são essas as primeiras coisas abandonadas pela humanidade diante de uma pseudo-catástrofe.

O PCC não atacou e, no dia seguinte, a vida voltou ao normal.

Mas eu sempre vou rir muito, sozinha, lembrando desse dia.

Um comentário:

Fernanda Bello disse...

Adoro sua visão do mundo...
Caminhei virtualmente até aqui pra agradecer as palavras e o carinho depositados lá no cabaré.
Beijos!