Ela, em laranja, dançava.
Ele, em cinza, esperava.
Ela, em pink, fazia bolinhas de sabão.
Ele, em cinza, decidia.
Ela, em turquesa, segurava o microfone e cantava, desafinada mesmo.
Ele, em cinza, definia.
Ela, em roxo, corria na chuva.
Ele, em cinza, criava coragem.
Ela, em verde, se esparramava na grama.
Ele, em cinza, se aproximava.
Ela, em amarelo, sentia o calor do sol em cada célula de seu corpo.
Ele, em cinza, articulava as palavras.
Ela, em prata, contava estrelas.
Ele, em cinza, se preparava para dizer que ia embora. Pra sempre, dessa vez.
Ela, todos os tons de deslumbramento infantil.
Ele, monocromático.
E, então, ela, explodindo em vermelho, dizia “Joely, what if you stayed this time?”
E ele, começando a colorir-se, titubeava.
E ela, em preto, temia a resposta, mas esboçava um sorriso.
E ele, diante do sorriso, desistia. Aceitava. Aceitava a mão que ela lhe oferecia. Aceitava a cor que ela lhe transmitia. Aceitava virar cor.
E, juntos, eram arco-íris. E brilho eterno...
(quem gostou, lê também: Carta para Joel Barish)
3 comentários:
Visitando !
Lindo, simplesmente LINDO!!!!
Brilho eterno!! Lindo!!
Saudades de vc, querida^^
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