quinta-feira, 4 de março de 2010

Onde o bumbum não descansa mais

Último momento no apartamento. Faxina final. Sem móveis, sem nada. Vazio.
Mente ao contrário: cheia. De lembranças. De bons momentos ali. Dos ruins também, mas em menor número.
As noites de meninas com as pessoas do Sub: pizza, Jogo da Vida, música, Coca-Cola na cama. Fofocar, ouvir música, virar a noite. Com a Gisa, a Preta, a Daia, a Patty.
A noite de DVDs da Madonna com a Miba e o Davi. As fotos cômicas. Os dois tentando me manter acordada. A conversa sobre séries na sacada, enquanto o Sol raiava.
As muitas visitas de pessoas do Macunaíma. Jogar o jogo do Almanaque anos 80. O dia em que conhecemos a famosa Kedma. As muitas conversas. Lilian dormindo sem nem dar boa-noite, Camis usando minha camisola do Garfield. Preparativo pra festa à fantasia. Chegar do Satyros com o Maykol e a Fabi.
O dia em que eu acordei e encontrei o Guga na sala.
A noite em que eu e o Bruno veríamos o filme do King. E, depois de todo o preparativo, dormimos em questão de minutos.
A impaciência do Lauri, sempre querendo ir pra rua.
A noite pós-balada com a Dupra.
Os muitos preparativos pré-festa ao som de Madonna.
O Dimbu dizendo 200 vezes que precisava acordar às 06h30 no dia seguinte. E a conversa não acabava. E ele acordou às 8h00.
A conversa de manhãzinha com a Nath.
As muitas deliciosas visitas da best. Muitas conversas, muitas risadas. Ela sempre querendo acordar cedo pra chegar cedo em casa. Mas sempre aqui. Quando eu precisei e quando eu não precisei.
E mais uma tonelada de lembranças de quem mais tempo passou naquele apartamento, depois de mim. As conversas de madrugada, as conversas o dia todo. As infinitas risadas. Brincar de luta, derrubar no chão. Ouvir música e brincar de adivinhar quem canta (e, não, não era o Joy Division!). Brincar de cantar música de chuva enquanto chovia. Brincar de tentar matar com o travesseiro. E mais conversas. No sofá, na cama, na sacada. Fofocas, confidências, desabafos, decepções, pequenas brigas. Grandes brigas, Brigas homéricas. Dormir vendo filme, com a TV ligada. Acordar de 3 em 3 horas pra conferir a febre e o remédio. E, empurrando as cenas vergonhosas pro cantinho da memória, só aquele som: as risadas. Só aquela sensação: os abraços e olhares cúmplices.
Por algum tempo achei que aquele era meu lar. Era, não. Lar vai ser sempre onde eu estiver. O apartamento não é mais meu, mas as lembranças sempre serão. E não é do lugar que vou sentir falta, não. É - e sempre será - das pessoas.

6 comentários:

Maykol disse...

ah... eu também vou sentir saudades desse apê. Adoro lugares assim, eles funcionam como uma mistura de refúgio e álbum de fotografias. =)

Gisa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gisa disse...

Humpf...saudade das fotos engraçadas, das músicas baixadas, das noites das meninas, das fofocas, dos comentários, confidências, dos conselhos, das pizzas e das risadas, sempre das risadas...

Blower's Daughter disse...

Que lindo este post! Eu não conheci o apê, mas a descrição dos tantos momentos passados lá me fez sentir como se conhecesse... vc sempre escreve com tanto sentimento, tanta vivacidade, que consigo enxergar o que vc diz!^^
E é bom carregar tanta lembrança boa né...e as lembranças ruins tb, afinal, são elas que nos fazem valorizar as boas, hehe!!!
Bjokinhas, querida!!! :)

jaque oliver disse...

eu so estava presente no dia da festa a fantasia,mais quem faz o lugar são as pessoas, se sentarmos até num buteco ou numa calçada com pessoas que gostamos este lugar se torna especial com lembranças.e não se preocupe Ozzzz.bjso

ric@rdo disse...

ok. é para chorar?
a pessoa tá sensíiiiiiviu! pára!

besos... apês melhores virão!