quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Meus clarences

E, de repente, ele estava acabando.
Era o penúltimo dia. O penúltimo dia do ano 1. Não do meu ano 1, segundo minha consultora Msla.
Eu comecei a comemoração nele mesmo. No 30. Eu e uma das melhores pessoas que eu já conheci na minha vida (arrisco dizer, em todas as minhas vidas) fomos comer e ter a última conversa do ano no mexicano.
Tacos, chillie fries, mariachis, toalha de mesa roxa. Lembramos 2008. Arriscamos previsões para 2009. Uma pequena aula sobre o ano 2, ano de parcerias. E o 3, e o 4, e o 8... O 5, não. Ele é o do meio. Foi excluído.
E veio o último. Mala pronta, arrumação básica, caminhada com músicas felizes, metrô. Nem lembrava mais da última vez que eu andei de metrô. Tietê. E eu lembrei da última vez que eu estive lá e me permiti ficar blé por cerca de 16 segundos. Passagem. Capitu-Capitu-Capitu e acabei. Último livro do ano. Viagem blé com dores, muito frio e muita música. Niterói. Também não lembrava da última vez que eu estive lá. Tudo bem, Tb não lembro da primeira vez que eu estive lá. Mesmo pq isso foi nos remotos tempos do quarto dia do quinto mês do ano de 1981. A dor passou, pq o importante estava lá: a família. A natural e a escolhida e/ou imposta pela hermana. E o hotel era um arraso, apesar dos defeitos. Cama delicinha, ar condicionado gostoso, na TV, a Marcy escolhia roupas mais legais... Banheira quentinha... Roupa nova, calcinha lilás pq a mama disse que tinha que ser assim e assim seja! Pacotão clichê de ceia-briguinhas-mau humor-fogos.
E o último virou primeiro.
E eu fiquei feliz por ter assistido o lindinho filme do Clarence há pouco tempo.
O primeiro me encontrou restaurada. É essa a palavra.
E acreditando.
Tudo leva a crer que é mesmo a wonderful life. A minha, a sua, a deles, a de todo mundo. Por ser life, torna-se wonderful. Ou deveria tornar-se.
Tudo indica que há clarences entre nós. Disfarçados. Ou não.
Eu só sei que, entre o penúltimo e o primeiro, encontrei alguns dos clarences mais importantes da minha vida.
E que todos eles me disseram a mesma coisa: no man is a failure who has friends...

Um comentário:

Anônimo disse...

vc é um amor e merece ser feliz. eu poderia citar um monte de ditos populares pra te convencer de que uma mudança é bem-vinda: não há tempestade que não acabe, não há mal que dure pra sempre, o que não nos mata nos torna mais fortes, etc, mas eu não preciso. acho que vc se torna mais consciente sobre o que pode te fazer feliz a cada dia que passa. mesmo q eu saiba o qto é fácil vc passar por cima do que quer pra poder ajudar/se sacrificar pelos outros...

qdo pensei nesse filme, achei que seria felizinho, mesmo. mas eu nunca vi! meta de 2009: assistir em breve (ou seja, te pedir emprestado... hahaha).

beijos, cuida-te
Camila

p.s.: I wish I had a million dollars... Hot dog!