quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Angústia Maternal



De todos os assuntos relacionados aos problemas do mundo moderno, com certeza a descriminalização do aborto é um dos mais polêmicos. De acordo com pesquisas feitas em território nacional, as opiniões têm-se dividido, havendo diferenças mínimas no posicionamento dos cidadãos.

Segundo o Código Penal, de 1940, o impedimento da gestação é direito de toda mulher estuprada e gestantes que corram riscos. Contudo, graças ao ultrapassado sistema judicial brasileiro, até que se provem esses dois casos, a interrupção da gravidez se transforma, de operação corriqueira de início de gravidez em uma dificuldade imensa para a gestante.

Por trás das cortinas da lei, milhares de abortos ilegais têm ocorrido no país; com maior incidência entre mães adolescentes que acabam com uma futura infãncia em nome da sua. A população carente é mais prejudicada pela lei; pois, não tendo acesso às clínicas particulares, recorre a métodos caseiros e brutais. E, certamente, a grande maioria das 883 mulheres violentadas somente no primeiro semestre de 1997, não teve acesso a essa prática.

A Igreja condena o aborto, bem como o homossexualismo e o divórcio; revelando-se antiquada se comparada aos avanços sociais. A lei deve ser revista, pois não prevê uma gravidez indesejada, risco para a criança, interesses pessoais e dificuldades financeiras; o que pode elevar o contingente de menores abandonados.

As mulheres têm, antes de tudo, direito sobre seu próprio corpo e liberdade para gerar ou não uma vida. A obrigatoriedade do atendimento não é um incentivo ao aborto e sim à formação de uma nova geração de crianças amadas, bem-cuidadas, e o que é melhor, desejadas.

(3º colegial, tema - a lei da obrigatoriedade é um incentivo à descriminalização do aborto? , redação nota 10, publicada no mural da escola)

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