quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O joystick divino


O grande problema de viver é que não vem com manual de instruções. Deveria. Pq atualmente eu tô achando que tudo é um enorme vídeo-game e nós somos os Alex Kids daquele cara (Deus, destino, a Força, Alá, chame como preferir). Não sei se a gente já veio de uma fase anterior ou essa é a primeira. Imagino que o objetivo seja acumular pontos. Obstáculos e o modo como você os encara geram tantos pontos. Positivos ou negativos. Se alguém te sacaneia e você manda matar essa pessoa, vc perde milhões de pontos. Se vc tem uma conversa sincera com a pessoa, dizendo como se sente, ganha pontos. Se vc perdoa essa pessoa de coração ganha infinitos pontos (mas eu acredito que poucas pessoas consigam desempenhar essa tarefa). E assim vai... Ações espontâneas tb podem te garantir ou te tirar pontos. Se vc chuta um gato do nada - bam! - menos pontos. Se vc dá um presente só pra ver a felicidade de outra pessoa - pim!! - mais pontos. 

Pode ser também que tenham existido fases anteriores e que a gente já venha delas com um número X de pontos, que varia de acordo com a pessoa.

De qualquer modo, existe uma hora da nossa vida nessa fase que a gente junta um número absurdo de pontos. E aí acabou. Não tem mais o que juntar. E você pode e deve passar pra outra fase; talvez zerar o jogo e chegar a um estágio estilão paraíso (ou castelo do Mickey com direito a encontro com a Minnie). É nessa hora que você fica doente. Sofre um acidente. Alguém muito do mal te dá um tiro. E seu coração pára. 

E aí eu fico me perguntando como é que a Bruna conseguiu juntar esses pontos tão rápido....

(texto de agosto de 2005)

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