sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Primavera nos dentes

Precisa de tão pouco para ser primavera. Algo que simplesmente acontece. As estações do ano são assim. Chegam sem avisar, de forma inesperada, de forma confusa.

É verão e surge aquela semente de primavera no seu inverno. E você nem a percebe.

E chega o outono e aquela semente ainda está lá, aguardando o momento certo de germinar. Você acha que vai ser na primavera, mas que nada! São caprichosas essas estações, tão diferentes do que nos ensinaram na aula de Estudos Sociais.

E é inverno no mundo e surge a primavera na alma. Florida e forte, fincando raízes em você.

E quando chega a primavera de verdade, o mundo floresce, a vida floresce; tudo é flor, tudo é vida.

E chega outro verão e a primavera, oprimida, se vê obrigada a ceder espaço pro inverno... Mas por pouco tempo, pq ela é exibida. Como na música de Caetano, ela é tímida espalhafatosa. Mesmo com dificuldade, ela quer se mostrar. E, acompanhando o outono no mundo, volta a primavera na alma.

E, quando mais uma vez chega o inverno e o mundo te faz querer congelar sua alma, num inverno onipresente, você resiste. Pq, pra alguns, a primavera é eterna.

E nenhum eterno inverno - cinza e gélido - pode finalizar uma primavera.

Primaveras são para sempre.

As flores são para sempre, assim como as cores.

E eu sou cor. Sou todas elas. Sou arco-íris. Sou Clementine, somewhere over the rainbow.

E sou flor. Sou todas elas. Sou a rosa do Pequeno Príncipe (e são tão contraditórias as rosas...). Sou flor de maio.

E sou primavera. Eternamente...

Um comentário:

Karina Zichelle disse...

As primaveras são eternas, sim!!!!!!!!!!!!!