quarta-feira, 17 de abril de 2013

Melodrama




"Escrever um melodrama é recusar deliberadamente as normas frequentemente enferrujadas do 'gosto', da 'medida', em proveito da pujança - mesmo exagerada - do conflito, da intensidade - mesmo brutal - na ação, da liberdade - mesmo desenfreada - na expressão."
(Kessel)

"Consentir em gostar do melodrama é ainda uma maneira de se simplificar, segundo os conselhos de Tolstói, e é também, de alguma forma, participar da caridade e da fraternidade."
(Julies Lemâitre)

"Não podemos negar ao melodrama a justiça de reconhecer que é ele que nos reconta melhor e mais frequentemente os assuntos nacionais, gênero de espetáculo que deve ser representado em todos os lugares. Ele dá à classe da nação que mais deles necessita belos modelos de atos de heroísmo, traços de bravura e de fidelidade. Ele a instrui assim a tornar-se melhor, mostrando, mesmo em meio a seus prazeres, os nobres caracteres desenhados em nossos anais [...]. O melodrama será sempre um meio de instrução para o povo, porque ao menos este gênero está a seu alcance."
(Livre des Cent-et-un, Pixerécourt)

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