segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
oh, brave new world
- Nós não gostamos, disse o Dirigente. Preferimos fazer tudo confortavelmente.
- Mas eu não quero o conforto. Quero Deus, a poesia, o perigo real, a liberdade, a bondade, o pecado.
- De fato, disse Mustafá Mond, você reivindica o direito de ser infeliz.
- Pois bem, disse o Selvagem como um desafio, reivindico o direito de ser infeliz."
(Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley)
domingo, 25 de dezembro de 2011
Eu li num livro 15
Autor: Chico Buarque e Ruy Guerra
Doses de sabedoria:
* Anna, para Calabar morrer é preciso que também me matem. Porque eu o amo. Para Calabar morrer, é preciso que também me esquartejem. Porque eu o amo demais... E se me matarem, e se me esquartejarem, se me espalharem aos pedaços por aí, eu morro... Mas mesmo assim Calabar é capaz de continuar vivo.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
oh, captain...
Até que o navio se descontrolou. E a primeira coisa que ela descobriu foi que ele falhava. Que ele não era sempre bom e justo. E que, talvez, ela não quisesse ser como ele.
A insatisfação não era só dela e ela sabia que poderia facilmente liderar um motim. Mas ela não queria... Por respeito - um respeito nostálgico - compartilhava a decepção com poucos e, mesmo assim, sempre desencorajando qualquer reação extrema de seus colegas. A vida no navio sempre tem que prosseguir; mesmo com um capitão em aparente surto e ratos fazendo a festa no convés...
Até que chegou a tempestade. E, precisando de apoio, ela chamou por ele. Em vão. O barulho da chuva e das ondas era enorme e ela colocou até mais força do que deveria em sua voz, pois precisava chamar sua atenção. Precisava que ele soubesse que o mundo estava desabando e que ela precisava dele, ainda. Seu guia, seu capitão. Gritou por ajuda enquanto conseguiu. Se ele a ouviu, ignorou. E, em algum momento da grande tormenta - que durou mais de um mês - ela descobriu o que mais temia: ele não estava lá. Mataria e morreria por ele; tinha, inclusive, feito altíssimas recomendações aos superiores dele. Mesmo em meio à tormenta, se preocupara em lembrar apenas dos bons tempos e da calmaria na hora de avaliá-lo. Seu sentido de obediência era forte e a honra de um capitão é sempre a prioridade de um marinheiro. Ela jamais o abandonaria. Mas ele a abandonara...
Sofreu enquanto durou a tormenta. A chuva, muitas vezes, limpou suas lágrimas. Pensou em abandonar o navio. Pensou que aquela vida no mar não era pra ela; um mundo em que o cara que te motiva e inspira se torna o cara que te faz querer desistir. Pensou muito.
E, então, a chuva cessou. O sol apareceu. Com a claridade, teve certeza de que estava sozinha na embarcação, sem condução. Dependia dela e só dela.
Segurou o leme e, no horizonte, viu um arco-íris. Bateu os calcanhares de suas botas vermelhas como rubi, olhou o mar e teve a certeza de que nascera pra isso. Não há lugar como o lar e o mar era o seu lar.
No chão, ali pertinho, uma poça de água da chuva, refletindo sua imagem. Viu-se nela e sorriu. Olhou no fundo do reflexo de seus olhos verdes, estendeu a mão direita e disse "oh, captain, my captain!". E sorriu. Riu. Gargalhou.
Era sua própria capitã. Era o fim da maldição e o início do deleite...
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
O Básico em 05/06/2008
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
O deleite e a maldição
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Eu li num livro 14
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Diário da Emília - 26/04
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Eu li num livro 13
Autora: Ayn Rand
Doses de sabedoria:
* "John Galt é o Prometeu que mudou de ideia. Depois de séculos sendo bicado por abutres por ter trazido para os homens o fogo dos deuses, ele quebrou as cadeias que o prendiam e tomou de volta o fogo que tinha dado aos homens - até o dia em que os homens levassem embora seus abutres."
* "O desejo de não ser nada é o desejo de não ser."
* "Um homem desprovido de virtudes odeia a existência e age com base na premissa da morte; ajudá-lo é sancionar seu mal e manter sua carreira de destruição. Seja um centavo que não irá lhe fazer falta ou um sorriso simpático a que ele não faz jus, dar tributo a um zero é trair a vida e todos aqueles que tentam lutar pela vida. Foram centavos e sorrisos assim que fizeram a desolação do seu mundo."
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
A importância do ato de emprestar
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Heart
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Primavera nos dentes
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
ah, o primeiro semestre...
* li 9 livros.
* vi 11 filmes.
* recebi visitas na roça e passei dias jogando Perfil 2 (e ganhando, claro, rs).
* comecei a tentar tornar o grupo realidade.
* recebi visita de Tio Lenauro e Mariazinha (e tirei fotos ótimas com ela, das que me matam de rir).
* recebi visita da Camis e do Beto (e cantamos, jogamos Perfil, fofocamos muito e eles quase me mataram de rir).
* fui na "despedida" do Dannyllo (que ia passar uma semana viajando).
* fui muitas vezes na piscina da ermã (e do Douglas, antes que ele reclame).
* consegui o elenco dos sonhos pro Sonho de Strindberg.
* descobri que conseguimos - de novo - o diretor que eu queria.
EM FEVEREIRO EU...
* li 4 livros.
* vi 7 filmes.
* participei do 1º reveillón fora de época de todos os tempos, na casa da Rê. Teve todo mundo de branco, contagem regressiva pra virada, muita emoção e votos de um feliz ano novo, videokê a noite toda ("eu vou cantar até morrer") e sabotagem (piada interna).
* tive meu 1º dia de aula no semestre com montagem com o Wandeco, finalmente. e foi ótimo!
* me apaixonei por uma peça linda, que conta a história de Carmen Miranda.
* pintei e cortei meu cabelo.
* conheci a casa da Fabi e passeei com ela e o Maykol pela praia de Pinheiros.
* assisti "Cisne Negro" e não achei nada de mais (nem no filme, nem na Natalie Portman).
* assisti "Calendário de Pedra", peça fabulosa e divertidíssima.
* assisti "Ensina-me a Viver" (até o João reapareceu e foi) e achei peça pra quem quer ir ver novela no teatro.
* participei do 1º ensaio do Sonho - Nova Geração e fiquei maravilhada com o resultado.
* participei da 1ª reunião do "Nosso Grupo" (RISOS).
* me diverti MUITO com o 1º dia de ensaios (e descobri que, não importa quantas coisas diferentes eu tente fazer, meu talento é criar dancinhas toscas pra fazer a galera rir).
* participei do 2º ensaio do Sonho - e fiquei horrorizada.
* me inscrevi no concurso (que não é, infelizmente, o Garota da Laje).
EM MARÇO EU...
* li 3 livros.
* vi 6 filmes.
* desfilei na Sapucaí, pela Viradouro, de fantasia pink chamada Satélites pelo Espaço (que parecia um cangaceiro gay do espaço) e tive o melhor carnaval da minha vida (tem que viver isso aqui!).
* no Carnaval fantástico - com a família e cozamigo - teve também passeio por Icaraí, churrasco na casa da louca Liz, praia, noite de jogos, Carnaval legal da Av. Central e passeio pelo Rio (com direito a dançar É o Tchan em Copacabana).
* passei uma noite em Penedo, com café da manhã de hotel.
* revi a dupra e, com a Jaque, dançamos no Darta (que está muito estranho, btw).
* conheci a sobrinha da Jaque, que é uma coisa de fofa.
* me desencantei pelo sonho.
* revi a Mari e conseguimos começar a botar a fofoca em dia.
* percebi que ter ouvido 200 vezes do mestre "você já leu o capítulo de ética?" me fez evoluir e ser uma pessoa melhor, que não se abala - e nem se importa, na verdade - com gente mesquinha, pequena, INVEJOSA, sem amigos, barraqueira e desprovida de talento, simpatia e carisma.
* assisti 2 peças no Festival Ibero-Americano de Teatro, no Memorial da América Latina: "Albanico de Sotera" (monólogo de uma argentina, sobre Lorca... dormi) e "A Humanidade é Feia" (peça GENIAL portuguesa!).
* assisti That Night in Rio e amei ainda mais a Carmen.
* fui na festa de aniversário do Me.
* assisti "O 3º Sinal", peça bem legal, mesmo sendo monólogo. rs
* fiz a prova do concurso (conhecido pela galere como "Garota da Laje") e acertei 47 de 50 questões (e acertei todas de matemática, oi?).
* descobri o que vou fazer na peça, depois da definição de elenco (e o que importa é que eu vou fazer a cena com a Camis que eu tanto queria e - oibemgrandão? - eu tenho um solo e é "só" I Like you very much, que é minha preferida e nem tinha, originalmente, na peça).
* dormi na casa do Tio Zé e revi a prima Mariana.
* passei 2 dias na casa da Tili (e ri muito, principalmente durante a madrugada).
* finalmente, encontrei a Mila e conversei muito e ri muito e, é, melhor amiga eterna, mesmo que a gente fique um ano inteiro sem se ver.
* tive uma entrevista de emprego (e comecei a trabalhar 2 dias depois).
EM ABRIL EU...
* li 3 livros.
* vi 2 filmes.
* comecei a trabalhar no dia 1º (e não era mentira).
* entrei no meu inferno astral, droga!
* fiz um monte de exame chato pq minha mãe não acredita que eu sou saudável.
* fiz o requisito (ou seja, passei no concurso).
* dei aula de teatro. ooooooooooooooooh!
* assisti "O Mágico de Oz", NO CINEMA, com o próprio Espantalho.
* tive uma Páscoa divertida com a família e muita Carmen Miranda.
* mudei o cabelo.
EM MAIO EU...
* li 1 livro.
* vi 3 filmes.
* de repente, 30.
* comemorei meu niver com jantar japonês com toda a família e ganhei presentes ótimos e nenhuma roupa (uhu!).
* comemorei meu niver no Si, Señor com a família e ozamigo.
* comemorei o Dia das Mães no Outback com a família e a mãezinha querida.
* fui na festa do Satyros cozamigo (e dancei e gritei Dog Days Are Over, insanamente).
* fizemos o único ensaio no teatro.
* fiz uma aula de canto, pra ter certeza de que não tenho salvação.
* ganhei uma Dorothy... ohmmm...
EM JUNHO EU...
* li 0 livros.
* vi 0 filmes.
* depois de anos e anos, ensaiei quadrilha (e quase morri no tal de "Coroa, coroar").
* assisti uma peça chata pacas (mas ganhei de brinde um ensaio de uma peça incrível na rua, com uma fala que mudou minha vida: "você ocupa espaços que eu ainda não inventei pra mim".)
* assisti, no 1º dia da Mostra, "Os Sete Gatinhos", peça do meu amigo de infância astronauta.
* operei som em uma das sessões de "Os Sete Gatinhos", de improviso (e depois fui jurada por um dia do "Se ela dança, eu danço").
* assisti "Mephisto", com os poucos membros de "Lisístrata" que resistiram bravamente até hoje.
* vi "Medeia" com o Me, a Natália e a Jé Borges (que eram o melhor da peça).
* revi a Lee Tapioca, conheci a casa linda dela, conversei muito com ela e fui com ela numa festa mexicana na USP (surreal).
* fui na costureira, ver as medidas pra fazer minha roupa de Carmen!
* assisti "Métodos Extremos de Sobrevivência", que tinha a Dri de voz maravilhosa, a Pati Noêmia e o Diego no elenco.
* fui na 2ª festa do Satyros - conhecida como Festa da Dignidade -, com uma galera gigante e dancei e me diverti como não fazia há tempos.
* assisti "O Pássaro Azul", peça fofa, com a fofa da Fabíola.
* assisti "Yerma" e, ok, o texto é MUITO chato, mas o Wandeco e aquela turma fofa fizeram uma peça fantástica. sem mais.
* assisti "Joana d'Arc" com o Wandeco no elenco, peça muito boa e com uma iluminação genial.
* fui com a Camis comprar as bijuterias das Carmens (melhor: os balangadãs).
* fiz a luz em "Cala a Boca Já Morreu" e fiquei positivamente surpresa com o resultado e com as 6 sessões lotadas (e com os girassóis lindos que ganhei da turma linda!).
* vendi 96 rifas. sem mais.
sábado, 6 de agosto de 2011
DES MEDÉIA, de Denise Stoklos
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Conexão como nenhuma outra
Meu primeiro celular foi da Vivo. Logo que eu entrei na faculdade, há uma década. Um belo dia, roubaram meu celular. Sem dinheiro pra comprar um novo, ganhei um aparelho antigo de uma amiga. Só que o aparelho era da Claro (num tempo em que isso ainda existia). E eu comprei um chip da Claro e mudei de operadora. Bendita hora! Nunca tive problemas, sempre tenho uma promoção ótima...
Então, dez anos se passaram desde meu primeiro celular, quando precisamos recorrer a um 3G. Moro em um sítio. Não chega nenhuma internet banda larga aqui. Via rádio é uma fortuna considerável. Via satélite? Não chega. Tentamos a discada, mas, após um problemão com a Ig (outra empresa que desconhece a palavra respeito), desistimos também. A única forma de ter internet em casa - e isso é básico e fundamental hoje em dia - seria com um 3G. O da Claro, infelizmente, não pegava. Meu cunhado tem um há um bom tempo e sempre funcionou bem, nunca rendeu chateações. Testamos o da Vivo e pegou. Sem ter outra opção, adquirimos o 3G da Vivo.
Quando falo nós, isso significa eu e minha mãe. Moramos juntas, só eu e ela. E, por morar em um lugar na zona rural, precisamos ainda mais de contato com o mundo.
Quando chegamos à loja da Vivo em que adquirimos o modem e o serviço, já devíamos ter percebido de cara que a coisa não seria boa: 4 atendentes conversando enquanto 3 clientes aguardavam em fila. Só fomos atendidas depois que minha mãe reclamou. A atendente era bem gentil e educada, o que acabou nos convencendo a continuar com o plano. Após muita conversa, adquirimos o plano Vivo Internet Brasil de 4G, cuja mensalidade seria de R$119,90. E não era só isso: na primeira parcela ainda teríamos um desconto promocional de 50%. Incrível, não?
E, então, chegou a primeira conta, com vencimento para 03/05. R$227,08. No detalhamento, informações de que havíamos excedido o limite de navegação e de envio de SMS e ainda havíamos utilizado o chip para fazer ligações para um número de celular de Minas Gerais.
1. Não temos como atingir o limite de navegação, pois o sinal em minha casa é muito ruim e, se conseguimos usar umas 3 vezes por semana à noite, por cerca de 2 horas, é muito. Isso só em semanas de muita sorte, aliás.
2. Nem sabemos como enviar SMS pelo 3G, ou seja, não utilizamos esse serviço.
3. Não sabíamos que era possível usar o chip do 3G para ligação, não conhecemos ninguém em MG e, bom, nós temos telefone fixo em casa e 4 números de celular (meu Claro, o Claro de minha mãe e 2 Vivos dela), pq faríamos essas ligações justo do 3G?
Minha mãe tentou reclamar na loja onde adquirimos o modem e recebeu a informação de que a loja não podia fazer nada, isso só pode ser resolvido por telefone. Não seria um problema se alguém realmente atendesse na Vivo. Tentamos diversas vezes e sempre cansamos de aguardar um atendimento que não acontecia. Fiz uma reclamação pelo site da Vivo, registrando todas essas informações, em meados de maio. Nunca recebi uma resposta.
Como se isso já não bastasse, enquanto tentávamos resolver isso, recebemos a segunda conta: R$510,23. Sem detalhamento algum. Um valor absurdo desses, cobrado sem justificativa. Minha mãe, que na ocasião se recuperava de uma cirurgia de emergência, entrou em desespero. Meu cunhado, a pessoa mais calma e paciente da família, ligou para a Vivo, para resolver. Após 40 minutos aguardando, foi atendido. Por alguém que dizia não poder fazer nada. E, depois de mais 40 minutos de muita paciência da parte dele e muita incompetência da parte da Vivo, a ligação "caiu". Reclamamos, enquanto isso, eu e ele, no twitter. Como resposta, a Vivo só nos mandou seguir seu perfil para, depois, mandar uma DM dizendo que deveríamos entrar em contato telefônico com eles. O que já estávamos realmente tentando fazer. Ele ligou mais uma vez, aguardou mais uma hora pelo atendimento e, após mais uma hora e meia de conversa e espera, conseguiu que uma das contas fosse corrigida para o valor acordado: R$119,90. Nada dos 50% de desconto. Quando a atendente estava verificando a segunda conta, a ligação mais uma vez "caiu". Desistimos de conseguir mais qualquer coisa naquela noite.
No dia seguinte, minha mãe foi novamente até a loja da Vivo onde, por mágica, pagou a conta referente a abril, com vencimento em maio com o valor certo (R$119,90) e a conta referente a maio, com vencimento em junho, finalmente com o desconto prometido: R$59,95.
Tudo estava resolvido. Após muito stress, muita preocupação, muito desgaste, tudo resolvido. Nós realmente acreditamos nisso.
Até que recebemos a conta referente a junho, com vencimento para o dia 03/07. R$941,62. Sim, isso mesmo: quase mil reais. Quase 8 vezes o valor correto. E o motivo desse valor? 23 SMS enviados (ainda não sabemos como fazer isso) e R$808,72 gastos em 638 minutos de ligações para Minas Gerais E recebidas de Minas Gerais. Sim, de novo aquele Estado onde não conhecemos ninguém. E, sim, ligaram para nosso 3G - o chip nunca nem saiu de dentro do modem e, percebi agora, eu nem sei como tirar - e nós supostamente atendemos, sabe-se lá como. Sem hesitar, minha mãe foi no dia seguinte até uma loja da Vivo; não a que diz não poder fazer nada onde adquirimos o modem, uma em que supostamente é possível resolver problemas assim. O que ela ouviu lá? Novamente, que não podem fazer nada. Que ela que teria que provar que não estava mentindo e que não tinha feito as ligações, pois era a palavra dela contra a palavra da Vivo. Que ela não pode cancelar também o serviço, pois, para isso, teria que pagar a conta absurda E uma multa. Quando minha mãe levantou a possibilidade de clonagem do chip e utilização por alguém da própria Vivo, ouviu que isso é impossível, que chips não podem ser clonados de forma alguma (a gente finge que acredita?). E, quando minha mãe disse que só eu e ela tínhamos acesso ao 3G, ainda teve que ouvir que a filha dela poderia estar usando o chip escondido dela para ligar para um "namoradinho" em Belo Horizonte. Sim, a atendente usou o termo "namoradinho", como se eu fosse uma menina inconsequente de 13 anos; e não uma mulher que trabalha e que estuda - muito! - e que, no horário em que as ligações são feitas - sempre após as 23h - já está no sétimo sono. (Posso processar a Vivo por isso? É calúnia, difamação?)
Então, uma alma caridosa que infelizmente teve a infelicidade de trabalhar na Vivo e queria realmente ajudar minha mãe, deixou que ela entrasse em contato com os telefones que constam na conta. Os tais telefones de BH. Sempre os mesmos: dois celulares e um fixo. Em todos deles, desconhecidos. Como esperado. Mas, nos celuares, duas belas "surpresas".
Minha mãe: - Você conhece alguém que tem um celular da Vivo com DDD 14?
Desconhecida 1: - Conheço.
Minha mãe: - Ele trabalha na Vivo?
Desconhecida 1: - Trabalha. (silêncio em que provavelmente ela se tocou do que tinha falado e engoliu em seco). Quer dizer, não. Não trabalha. Não conheço ninguém. (E desligou).
Minha mãe: - Esse celular é seu?
Desconhecida 2: - Sim.
Minha mãe: - Você conhece alguém que tem um celular da Vivo com DDD 14, que possa ter feito ligações pro seu celular?
Desconhecida 2: - Mas esse celular, na verdade, nem é meu... Eu atendi por acaso. Tava passando e atendi. Ele é de uma empresa de aposentadoria.
Resumo: a Vivo não vai resolver nada. E a própria atendente da empresa recomendou que minha mãe pagasse um advogado pra processar a Vivo, pois eles não ligariam a mínima se isso fosse parar em Pequenas Causas.
Minha mãe ainda solicitou o cancelamento da linha da Vivo - do celular que ela tem há dez anos - e não recebeu resposta alguma.
Enfim... como proceder? Como lidar com tamanha falta de respeito, tamanho despreparo de supostos profissionais do atendimento, tamanho descaso por parte de uma empresa que faz toda uma propaganda querendo mostrar que se importa com o cliente?
Enquanto escrevo isso, vejo as inúmeras contas erradas e absurdas da Vivo espalhadas na minha mesa. Em todas elas, o "lema" da empresa: "Conexão como nenhuma outra". Sou obrigada a concordar: realmente, como nenhuma outra. Nenhuma outra consegue ser assim, tão ruim. Ou, talvez, para ficar perfeito, poderíamos acrescentar algumas palavras ao slogan e escrever a realidade da Vivo: "Falta de conexão com o cliente como nenhuma outra".
terça-feira, 7 de junho de 2011
sandman, seulyndo!
"Have you ever been in love? Horrible isn't it? It makes you so vulnerable. It opens your chest and it opens up your heart and it means someone can get inside you and mess you up. You build up all these defenses. You build up a whole armor, for years, so nothing can hurt you, then one stupid person, no different from any other stupid person, wanders into your stupid life... You give them a piece of you. They didn't ask for it. They did something dumb one day, like kiss you or smile at you, and then your life isn't your own anymore. Love takes hostages. It gets inside you. It eats you out and leaves you crying in the darkness, so simple a phrase like 'maybe we should be just friends' or 'how very perceptive' turns into a glass splinter working its way into your heart. It hurts. Not just in the imagination. Not just in the mind. It's a soul-hurt, a body-hurt, a real gets-inside-you-and-rips-you-
-The Sandman, Neil Gaiman
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Diário da Emília - 10/04
Como é que o Sílvio, sendo tão pequeno, consegue ser tão maldoso? Eu acho que ele é mesmo filho do demônio. Hoje, eu e a Tete estávamos brincando e ele pediu pra brincar com a gente. Aí a Tete falou que ele ia ser filho dela e a boneca dela ia ser minha filha. Só que a boneca não faz nada e ele se mexe e finge que chora, aí a Tete ficou gostando dele. Odeio ele! Depois eu chamei a Tete pra brincar comigo e ela disse que preferia desenhar com o Sílvio. Burra! Ontem ela mostrou ele pras amigas dela na escola e elas falaram "Que bonitinho!". Ele engana todo mundo, menos eu. Eu sei que ele só finge que é bonzinho, ele gosta é de causar confusão. Eu só espero que ele não faça minha mãe morrer de desgosto que nem a mãe dele. Eu tirei 10 em redação. O tema era "A Importância da Família".
Emília