É pq não teve clima gostoso de camarim. Nada de conversas, risadas, saídas pra comemorar. Nada de todo mundo se abraçando, antes e depois. Nada de espírito de grupo.
É pq foi em um momento tão, mas tão difícil pra mim. Momento de descobrir coisas, de entender e não entender. De término, distância. de perder confiança, de deixar de acreditar, de não ter apoio, base, companhia. De esperar e não ter. De chorar, chorar, chorar... tudo que podia... antes do ensaio. Pq lá eu era tão forte e tava tudo tão bem e eu fingia tanto que minha vontade não era dizer "falacomigosejameuamigodenovomeabraçaporfavor".
E pq foi a única vez em que eu estive sozinha. Só eu e Sílvia. E Cyndi, ou visitante X (1? 4? não lembro!). Só eu e o figurino e o palco e as luzes e o som e a cena. E, então, eu descobri que eu podia não ser tão boa em tantas coisas, como tantas pessoas. Mas eu era profissional. E eu respeitava aquele espaço. Sagrado. E eu fazia o melhor que podia, deixando tudo que não pertencia ao palco, no lugar certo: fora do palco.
E foi aí que eu me encontrei. Eu, meu lar. E não há lugar como o lar... Pq quando você conhece sua mente, seu coração e sua coragem, você nunca - em hipótese alguma - se afasta do seu lar, pq ele está dentro de você.
Quanto aos tornados? Podem vir! E que venham também os tormentos. O tormento. No Kansas ou em Oz; here, there and everywhere, eu estou em casa.
2 comentários:
admiravel coragem, admiravel pessoa
Ou pq talvez tenha sido um momento de descobertas para todos.
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