Ontem fui assistir Justine. Todo mundo falava que era ótima, fui ficando curiosa. Bom, a peça é mesmo ótima. Atores incríveis. E me fez pensar.... Lógico. Tudo me faz pensar tanto.
Três coisas não saíram da minha cabeça, desde então....
Uma, óbvio, a coisa de valer a pena ser virtuoso ou não. Afinal, Justine acredita na bondade, na justiça, no amor... e só se ferra, sempre. Enquanto os “libertinos”, o povinho do mal, se dá bem, enriquece, tem status.
Outra, uma fala de Justine: "O amor é então um mal que se possa curar?" Nesse momento, ela tá apaixonada por um cara do mal. E ela acaba servindo a ele, aquela coisa de fazer tudo por quem se ama (tão conhecida por mim). E o cara nunca vai querer nada com ela, e não é pq ela é pobre ou serviçal – o que seria remediável -, mas pq ela é mulher, saca? Quando ela o vê pela primeira vez, ele está com um cara, aliás. Em atitudes, enfim.... Deixa pra lá. Mas isso não a impede de amá-lo. E desejá-lo. E achar que poderia haver uma história entre eles. E, no final, que culpa ela tem? O amor é assim: surge. E não tem cura. Infelizmente ou felizmente.
E, no final, algo que eu não deveria ter pensado, que talvez tenha sido prejudicial. Uma das coisas péssimas que acontece com ela é que um cara super do bem, rico e tudo mais, se apaixona por ela e a pede em casamento. E morre envenenado, logo depois. E, por um lado, pode-se pensar que eles eram bons e por isso se ferraram. Mas eu só consigo pensar que, se não existissem pessoas do mal pra estragar tudo, eles poderiam ter sido felizes juntos.
Pois é. No final, mesmo depois da peça, acredito no bem. Na justiça. No amor. E não deixo de ter fé.
Sou tão, mas tão Justine...
3 comentários:
Concordo plenamente. Eu nao tinha pensado o quanto Bressac poderia significar pra vc. Só te digo, se não existissem os maus, Justine não teria conhecido o moço bonzinho que foi assaltado - qdo ela o conheceu- e depois morre envenenado.
A palavra seria SORTE ou ACASO. Alguns virtuosos têm sorte e dão certo.
Sou tão, mas tão Justine... [2]
Amei a peça Justine, assim como vc, fiquei reflexiva! A peça é maravilhosa!!!
Bjokaaaas, querida!^^
oi, linda!
essa peça merece linhas e linhas de reflexão...
é uma das peças mais lindas, mais bem montadas, dirigidas, encenadas, enquadradas, e todos os mais elogiosos cumprimentos teatrais que se possa conceber a uma obra de arte.
E, confesso, que fico na dúvida e não consigo dizer com tanto furor que Justine estava certa.
Afinal, o bem e o mal é uma dicotomia que o ser humano inventou, nada é verdadeiramente bem ou mal... enfim...
gostei das suas reflexões.
beijokas!!
^^
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