Drummond era um cara que simplesmente sabia. E ponto. Sabia das coisas, sabia entender, sabia traduzir. Sabia como combinar palavras pra dizer. Qualquer coisa.
Penso muito, por exemplo, em uma dessas explicações dele. As pessoas podem escrever livros, ensaios, longos tratados científicos ou poemas românticos ou até melosos. Podem fazer filmes, peças, obras de arte de todos os tipos. Podem fazer – e fazem – muitas músicas sobre o tema. Ninguém nunca traduziu tão bem o que é o amor. “Amor foge a dicionários e a regulamentos vários”. O nome dessa preciosidade em forma de poema já é perfeito: As sem Razões do Amor. E aí cabe citar outro grande cara, do grupo dos que usam muito bem essas coisinhas misteriosas que se chamam palavras. Mário de Andrade, este senhor que criou o tal do Macunaíma, tão falado, escreveu a combinação de três palavras mais bem arranjada do planeta. E era só o título do livro. Imaginem a maravilha que não era Amar, Verbo Intransitivo.
Amar, como todo mundo aprende na escola, naquelas aulas chatinhas de gramática, é um verbo transitivo. Isso basicamente quer dizer que exige um complemento. Sempre tem uma professora esquisitona de gramática (sendo minha mãe a exceção) pra dizer que você ama alguma coisa ou alguém. O que elas não ensinam – e a vida se encarrega de lecionar, de uma forma ou de outra -, é que na prática a coisa é bem diferente. Na vida que acontece fora dos livros de gramática, a gente ama. E ponto. Verbo intransitivo. Intransitivamente intransitivo. A nada, a ninguém. Ou a tudo, a todo mundo. Ama-se e acabou. Impossível explicar, impossível definir, impossível traduzir, já que, como disse o Carlos, xará do protagonista do livro do Mário, amor foge a dicionários.
Foge mesmo. Eu li cerca de 600 livros desde que aprendi a ler. 600. Não é muito, mas é bastante. Daí, eu conheço até que bastante coisa. E muitas palavras. Muitas mesmo. Tenho até uma facilidade com elas. Em combiná-las. Claro, anos-luz de distância dos Carlos e Mários e afins; mas até que eu vou bem. E adivinhem? Não consigo definir o amor. Sei que ele acontece e fim. E é isso. O que exatamente acontece? Inexplicável. Causas, efeitos? Inexplicáveis. A gente ama – seja a mãe, o pai, a(o) irmã(o), o cachorro pulguento, o(a) vô(ó), o(a) tio(a) bacana, o(a) primo(a) preferido(a), o(a) melhor amigo(a) ou o cara (ou a moça) que você acha que é perfeito(a) pra você – e ponto. Sem razões. Sem justificativas. Sem início e sem fim.
Porque amor é amor a nada,
Penso muito, por exemplo, em uma dessas explicações dele. As pessoas podem escrever livros, ensaios, longos tratados científicos ou poemas românticos ou até melosos. Podem fazer filmes, peças, obras de arte de todos os tipos. Podem fazer – e fazem – muitas músicas sobre o tema. Ninguém nunca traduziu tão bem o que é o amor. “Amor foge a dicionários e a regulamentos vários”. O nome dessa preciosidade em forma de poema já é perfeito: As sem Razões do Amor. E aí cabe citar outro grande cara, do grupo dos que usam muito bem essas coisinhas misteriosas que se chamam palavras. Mário de Andrade, este senhor que criou o tal do Macunaíma, tão falado, escreveu a combinação de três palavras mais bem arranjada do planeta. E era só o título do livro. Imaginem a maravilha que não era Amar, Verbo Intransitivo.
Amar, como todo mundo aprende na escola, naquelas aulas chatinhas de gramática, é um verbo transitivo. Isso basicamente quer dizer que exige um complemento. Sempre tem uma professora esquisitona de gramática (sendo minha mãe a exceção) pra dizer que você ama alguma coisa ou alguém. O que elas não ensinam – e a vida se encarrega de lecionar, de uma forma ou de outra -, é que na prática a coisa é bem diferente. Na vida que acontece fora dos livros de gramática, a gente ama. E ponto. Verbo intransitivo. Intransitivamente intransitivo. A nada, a ninguém. Ou a tudo, a todo mundo. Ama-se e acabou. Impossível explicar, impossível definir, impossível traduzir, já que, como disse o Carlos, xará do protagonista do livro do Mário, amor foge a dicionários.
Foge mesmo. Eu li cerca de 600 livros desde que aprendi a ler. 600. Não é muito, mas é bastante. Daí, eu conheço até que bastante coisa. E muitas palavras. Muitas mesmo. Tenho até uma facilidade com elas. Em combiná-las. Claro, anos-luz de distância dos Carlos e Mários e afins; mas até que eu vou bem. E adivinhem? Não consigo definir o amor. Sei que ele acontece e fim. E é isso. O que exatamente acontece? Inexplicável. Causas, efeitos? Inexplicáveis. A gente ama – seja a mãe, o pai, a(o) irmã(o), o cachorro pulguento, o(a) vô(ó), o(a) tio(a) bacana, o(a) primo(a) preferido(a), o(a) melhor amigo(a) ou o cara (ou a moça) que você acha que é perfeito(a) pra você – e ponto. Sem razões. Sem justificativas. Sem início e sem fim.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Um comentário:
Tally, querida!!!
Texto perfeitoooo!!!
Ameeeei!!!
Eu amoooo Drummond!!!^^ Ele realmente sabia das coisas! E eu não conheço mta coisa ainda do Mário, mas o título "Amar, verbo intransitivo" é realmente fantástico e a explicação que vc deu dispensa outros comentários, já disse tudo!!! Ama-se e ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, reticências, mas ama-se e fim de papo, não precisa de objeto direto, aliás, às vezes o objeto é indireto, hahaha!!!
Ah, só pra finalizar: amei a foto do Snoopy!!!^^
Bjokinhaaas!!!:D
Adorote!!!
Postar um comentário