Precisa de tão pouco para ser primavera. Algo que simplesmente acontece. As estações do ano são assim. Chegam sem avisar, de forma inesperada, de forma confusa.
É verão e surge aquela semente de primavera no seu inverno. E você nem a percebe.
E chega o outono e aquela semente ainda está lá, aguardando o momento certo de germinar. Você acha que vai ser na primavera, mas que nada! São caprichosas essas estações, tão diferentes do que nos ensinaram na aula de Estudos Sociais.
E é inverno no mundo e surge a primavera na alma. Florida e forte, fincando raízes em você.
E quando chega a primavera de verdade, o mundo floresce, a vida floresce; tudo é flor, tudo é vida.
E chega outro verão e a primavera, oprimida, se vê obrigada a ceder espaço pro inverno... Mas por pouco tempo, pq ela é exibida. Como na música de Caetano, ela é tímida espalhafatosa. Mesmo com dificuldade, ela quer se mostrar. E, acompanhando o outono no mundo, volta a primavera na alma.
E, quando mais uma vez chega o inverno e o mundo te faz querer congelar sua alma, num inverno onipresente, você resiste. Pq, pra alguns, a primavera é eterna.
E nenhum eterno inverno - cinza e gélido - pode finalizar uma primavera.
Primaveras são para sempre.
As flores são para sempre, assim como as cores.
E eu sou cor. Sou todas elas. Sou arco-íris. Sou Clementine, somewhere over the rainbow.
E sou flor. Sou todas elas. Sou a rosa do Pequeno Príncipe (e são tão contraditórias as rosas...). Sou flor de maio.
E sou primavera. Eternamente...
Um comentário:
As primaveras são eternas, sim!!!!!!!!!!!!!
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