Quando “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” foi lançado, eu não dei crédito algum. Tudo que eu conseguia pensar era “Jim Carrey”. E eu definitivamente não tenho paciência para as caretas dele. Mas a história era interessante, traillers e fotos me instigaram e lá fui eu ao cinema. E tenho que confessar: Jim Carrey me ganhou com esse filme. E o filme, a propósito, mudou toda a minha existência.
O filme. Roteiro brilhante, atuações impecáveis, show inesquecível de Kate Winslet (não consigo pensar em uma personagem mais surpreendente que Clementine, por mais que eu me esforce), cenas fofas, momentos hilários, momentos altamente depressivos (Joel ouvindo “Everybody´s got learn sometime” do Beck é de cortar os pulsos), trilha sonora ótima. E ainda é uma das mais lindas histórias de amor já retratadas no cinema.
Jim Carrey. Joel Barrish é um tapa na cara de qualquer um que tenha falado que ele não era um bom ator. E eu me incluo nesse grupo. “Ele só sabe fazer caretas”, era o que eu dizia. Joel Barrish não faz caretas. Nem feliz ele é. Joel é depressivo, triste, melancólico, desiludido. E a atuação de Carrey te faz querer abraçar Joel e, no fim do filme, levantar e bater palmas para Jim. Pois Joel é real, absolutamente real, de uma realidade que chega a doer.
Minha vida. Lembro muito bem do dia em que vi o filme pela primeira vez. Fui acompanhada pela minha amiga que é mais parecida comigo em termos de neuroses e psicoses. Principalmente quando falamos da sétima arte (e, sim, “sétima arte” é um termo clichê, mas adoramos tudo que é clichê!). Na saída, a conversa era um tanto quanto estranha pra pessoas que não atingiram nosso grau de excentricidade: “Quem você apagaria da sua vida?”, “Se você só pudesse guardar 5 memórias, quais seriam?”, “Top 5 pessoas que eu não apagaria jamais”. A conversa continuou por dias... semanas.... Divaguei mais do que deveria até sobre as lembranças que eu queria manter e as que apagaria. E, se você ficou curioso, se eu tivesse que escolher uma só para manter, com certeza seria um almoço de família, com mãe, pai, irmãs, ataques de riso e besteiras inesquecíveis.
Eu não canso de ver o filme. Acho que nunca vou cansar. Já sei boa parte das falas de cor e, mesmo assim, sempre me empolgo como se fosse a primeira vez que vejo o filme. E sempre vejo pra me convencer de que eu não deveria apagar nada e nem ninguém da minha vida, pois cada momento é precioso, cada pessoa é fundamental e as que mais te machucam, te fazem sofrer, te deixam com raiva, são as que mais te farão aprender, mais te trarão alegrias e maior importância terão em sua trajetória.
Um motivo para ver? Se é que ainda precisa de um.... A cena em que Joel e Clementine brincam na neve e ele pede ao médico que o deixe ficar com só essa lembrança. Tente não se desesperar junto.
2 comentários:
Adoro a autenticidade dos seus textos.
Mantemos o nosso contato pelos textos, é curioso. Deveríamos marcar uma saída. sabemos disso né?
Bjs
Lindo post, gostei muito de fim e fiquei com vontade de ver o filme
saudades, xatona!!
beijoss lela
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