Existe uma história de uma lagartixa que queria virar jacaré. Embora todo mundo esteja cansado de saber que a gente tem que se aceitar como é, as justificativas da lagartixa são compreensíveis: os jacarés são grandes, fortes, imponentes, marcam presença.
Mas existe uma outra história...
Era uma vez, há muitos e muitos anos atrás, em uma terra muito distante, um jacaré. Como todos, ele era forte, imponente, presença marcante, grande. Além disso, aquele jacaré era especial. Era de uma inteligência única, era divertido, era educado, era sensível (saibam que nem todos os jacarés possuem essas qualidades... aliás, a maioria deles, não possui). E era bonito. Bonito mesmo. Por dentro e por fora. Por dentro, era pura bondade, mesclada à intensidade, ao caráter, ao bom coração. Por fora, chamava a atenção por onde passava. E nem era pelo que os jacarés costumam se destacar, ele não era dono de um rabo incrível ou de pernas (as 4) bem torneadas. Mas ele tinha os mais incríveis olhos daquelas terras. Quando todos os jacarés ficavam submersos no rio, a única coisa em que se reparava, era naquele par de olhos, que brilhava de uma forma diferente, encantadora. E o jacaré tinha outra coisa única, mas essa é bem mais difícil de explicar: veinhas. Enfim...
O jacaré queria ser lagartixa. O motivo, ninguém sabia. Ele tinha tudo e ele queria ser só uma lagartixa. Uma lagartixa sem graça, como todas as outras. Uma lagartixa boba.
O fato é que, dentro da sua mente, o jacaré tinha seus motivos. Ele olhava ao redor e, bom, TODOS eram jacarés. E ele tinha essa necessidade latente de ser diferente. Se ele fosse uma lagartixa, seria a única ali. Pelo menos era o que ele achava. Ele achava também que uma lagartixa seria mais fofa e melhor aceita. Ele precisava da aprovação dos velhos e sábios jacarés e achava que só ganharia essa aprovação se fosse diferente do bando. E ele achava que ser lagartixa era algo moderno, inovador, que rompia com os padrões daquele lugar. Ele precisava ser moderno, ser inovador, ser transgressor... Mesmo que isso implicasse em ser diferente de quem ele era de verdade. De ser um jacaré. O jacaré mais bacana que existiu por ali.
A lagartixa que queria ser jacaré, diz a lenda, virou um. Descobriu que era mais feliz como lagartixa, conseguiu a ajuda de uma Princesa, voltou a ser quem era de verdade verdadeira. E viveu, pra sempre, uma vida feliz.
O jacaré que queria ser lagartixa... Bom... Ele fez o que podia (e o q não podia) para ser uma. Ele achava que tinha conseguido. Mas, bem no fundinho, ele ainda era o jacaré. Mesmo que ele nunca fosse perceber isso. E mesmo que ele achasse que era feliz com sua nova vida. Talvez fosse. Talvez pra sempre. Talvez por um tempo. Talvez nunca chegasse a ser nem um pouquinho. Talvez, um dia, ele encontrasse a Princesa e ouvisse a história da lagartixa.
Eu, que só ouvi as histórias – da lagartixa e do jacaré – e achei que deveria registrá-las, de alguma forma; eu que não sou lagartixa, nem jacaré e sou feliz sendo quem sou (mesmo que eu muitas vezes não saiba o que fazer comigo mesma); eu só posso torcer para que ambos – jacaré e lagartixa – sejam felizes. E vivam felizes para sempre, mesmo que a vida não seja um conto de fadas.
Mas existe uma outra história...
Era uma vez, há muitos e muitos anos atrás, em uma terra muito distante, um jacaré. Como todos, ele era forte, imponente, presença marcante, grande. Além disso, aquele jacaré era especial. Era de uma inteligência única, era divertido, era educado, era sensível (saibam que nem todos os jacarés possuem essas qualidades... aliás, a maioria deles, não possui). E era bonito. Bonito mesmo. Por dentro e por fora. Por dentro, era pura bondade, mesclada à intensidade, ao caráter, ao bom coração. Por fora, chamava a atenção por onde passava. E nem era pelo que os jacarés costumam se destacar, ele não era dono de um rabo incrível ou de pernas (as 4) bem torneadas. Mas ele tinha os mais incríveis olhos daquelas terras. Quando todos os jacarés ficavam submersos no rio, a única coisa em que se reparava, era naquele par de olhos, que brilhava de uma forma diferente, encantadora. E o jacaré tinha outra coisa única, mas essa é bem mais difícil de explicar: veinhas. Enfim...
O jacaré queria ser lagartixa. O motivo, ninguém sabia. Ele tinha tudo e ele queria ser só uma lagartixa. Uma lagartixa sem graça, como todas as outras. Uma lagartixa boba.
O fato é que, dentro da sua mente, o jacaré tinha seus motivos. Ele olhava ao redor e, bom, TODOS eram jacarés. E ele tinha essa necessidade latente de ser diferente. Se ele fosse uma lagartixa, seria a única ali. Pelo menos era o que ele achava. Ele achava também que uma lagartixa seria mais fofa e melhor aceita. Ele precisava da aprovação dos velhos e sábios jacarés e achava que só ganharia essa aprovação se fosse diferente do bando. E ele achava que ser lagartixa era algo moderno, inovador, que rompia com os padrões daquele lugar. Ele precisava ser moderno, ser inovador, ser transgressor... Mesmo que isso implicasse em ser diferente de quem ele era de verdade. De ser um jacaré. O jacaré mais bacana que existiu por ali.
A lagartixa que queria ser jacaré, diz a lenda, virou um. Descobriu que era mais feliz como lagartixa, conseguiu a ajuda de uma Princesa, voltou a ser quem era de verdade verdadeira. E viveu, pra sempre, uma vida feliz.
O jacaré que queria ser lagartixa... Bom... Ele fez o que podia (e o q não podia) para ser uma. Ele achava que tinha conseguido. Mas, bem no fundinho, ele ainda era o jacaré. Mesmo que ele nunca fosse perceber isso. E mesmo que ele achasse que era feliz com sua nova vida. Talvez fosse. Talvez pra sempre. Talvez por um tempo. Talvez nunca chegasse a ser nem um pouquinho. Talvez, um dia, ele encontrasse a Princesa e ouvisse a história da lagartixa.
Eu, que só ouvi as histórias – da lagartixa e do jacaré – e achei que deveria registrá-las, de alguma forma; eu que não sou lagartixa, nem jacaré e sou feliz sendo quem sou (mesmo que eu muitas vezes não saiba o que fazer comigo mesma); eu só posso torcer para que ambos – jacaré e lagartixa – sejam felizes. E vivam felizes para sempre, mesmo que a vida não seja um conto de fadas.
2 comentários:
Que lindo esse post, Tally!^^
Gostei das histórias...algumas vezes eu queria ser outra pessoa, qualquer pessoa menos eu, algumas vezes eu só queria ser eu mesma. Complicado!
Obrigada pelo comentário no meu blog, se quiser eu te ensino francês sim, não sei mtooo, mas ensino o que sei, hahaha!
Bjokinhas, querida!!!
Para além da poética (os jogos metamórficos têm seu quê de poético, vejo-os) o emaranhado dos eus e outros ( quero ser, não quero) ( sou eu? sou quem?) até à figura que pode pôr e dispôr- que são as princesas.
Paviei- que é como quem diz: lhe li de fio a pavio na história.
Cativa e tem mensagem este seu dizer sobre O Jacaré e a Lagartixa
xaxuaxo
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