quarta-feira, 30 de julho de 2008

3 coisas…

Uma vez eu lembro de ter falado pra alguém “Você precisa aprender a valorizar quem te valoriza e não valorizar quem não te valoriza”. Que besteira! Como eu queria que alguém aprendesse isso se ninguém – ênfase no ninguém – sabe isso? É uma tendência humana, valorizar quem não valoriza. E eu me incluo nessa.

***

Ok, e a mulher que ficou 2 anos na privada? Pra mim é a notícia mais surreal que eu li nos últimos tempos. Cadê o mínimo de sentido nisso... Eu fico imaginando o casal. Pam e Kory. 2 lunáticos. Acho que eram 2 freakzinhos na escola e se apaixonaram. Aí foram morar juntos... Os pais da Pam falaram “Mas, querida, vc só tem 20 anos e a vida pela frente”. Mas era o grande amor da vida dela e ela foi. Ou ela achava que era o grande amor da vida dela. O que importa é que ela foi. Um belo dia, Pam e Kory resolvem pedir uma pizza. E Kory pede uma portuguesa. Pam, acabando de sair do banho, sente o cheirinho da pizza e corre pra cozinha. Abre a tampa. Fecha. Olha bem pra Kory e diz “O que é isso?”. Kory, abrindo uma cerveja diz “Pizza”. Pam: “Tem presunto na pizza”, Kory: “Eu sei”. Pam joga a pizza com tudo no chão enquanto começa a chorar compulsivamente e gritar “EU SOU VEGETARIANA! HÁ QTO TEMPO NÓS NAMORAMOS E VC NÃO SABE DISSO??? POR DEUS, NÓS MORAMOS JUNTOS, DIVIDIMOS A MESMA CASA E VC NUNCA PERCEBEU QUE EU NÃO COMO PRESUNTO?”. Começa a paranóia: “SABE PQ ISSO? PQ VC SÓ TEM OLHOS PARA A MELANIE! VC PENSA Q EU NÃO SEI Q VC FICA OLHANDO ELA PELA JANELA? ESSA MALDITA VIZINHA! SÓ PQ ELA VIVE ANDANDO DE CALCINHA E SUTIÃ PELO QUINTAL!”. Começa a parte “traga seus arrependimentos para brincar”: “MINHA MÃE ESTAVA CERTA. EU NUNCA DEVERIA TER VINDO MORAR CONTIGO, NUNCA!”. Kory olha, chocado. Pam corre para o banheiro e tranca a porta. Kory bate na porta “Pam, eu peço outra pizza, me desculpa”. Nada. Com mais força: “Pamela Christina Thompson, sai já desse banheiro”. Nada. Pam pensa “Eu nunca mais vou sair daqui, ele vai ver... Duvido q ele consiga viver sem mim”. Kory pensa “Bom, vou ver TV, uma hora ela vai sair...”. Duas horas depois, Pam “Esse cretino. Ele acha q eu vou sair, mas eu não vou”; Kory “Ela não saiu? Ela acha que eu vou pedir pra ela sair, mas eu não vou. Vou dormir e, uma hora, ela sai”. E aí eles ficam nesse impasse por 2 anos??? Eu só posso imaginar que eles estocavam comida no banheiro ou que Pam ganhará o Nobel por descobrir o incrível poder nutritivo dos sabonetes. E essa mulher não sentiu frio? Ok, ela se enrolou nas toalhas. Só eu acho q isso é muuuuito além da twilight zone? Será que quando ela grudou na privada (sim, ela grudou na privada e eu fico arrepiada só de pensar), ela pensou “Putz, grudei. Ah, mas esse cretino não vai saber disso, ele vai continuar achando q eu não saio pq não quero”. E pq – milhões de vezes pq – esse cara não percebeu que era estranho a mulher estar há mais de 2 horas no banheiro? Não estamos falando de 2 dias, mas de 2 ANOS! Eu imagino o cabelo dessa mulher qdo ela saiu, as unhas... Ou será q ela tirava cutícula, fazia chapinha, tudo sentadinha no seu trono? Ele disse que não percebeu que algo estava errado, pq ele usava o outro banheiro... Por deus, façam TODAS as casas com um único banheiro agora! Mansões com um banheiro, só um.
Eu estou muito chocada com isso.

***

Estou encantada por Detta / Odetta. Ela representa tão bem a dualidade do ser humano... Ela representa tão bem meu monstro...

sexta-feira, 25 de julho de 2008

NOTHING MAKES ANY SENSE!

Vc percebe que está ficando velha quando todos que fizeram parte da sua infância começam a “ir”...

Como Clementine, I’m getting old. E parece que estou mesmo desaparecendo... Pelo menos, o que eu fui, está; parte de mim, está. A parte que fazia bico depois de levar bronca por não saber matemática, depois aprendia a tocar Cai-cai Balão no teclado e aí ia até a cozinha, fazia sanduíches de queijo com goiabada, bisnaguinhas com requeijão, enchia um potinho de azeitonas e o copo amarelo (pq era a cor da equipe que eu torcia no programa do Bozo) com leite com groselha – tudo comprado no mercado Iaiá. Com tudo isso, eu sentava na sala e assistia todos os desenhos possíveis durante a tarde, enquanto minha mãe e meu pai trabalhavam e minhas irmãs pequeninas ainda estavam na escolinha. E ele – depois de brigar comigo por eu ser um fracasso em exatas desde sempre, de me ensinar teclado e me ajudar no lanche – sentava no sofá e fazia palavras cruzadas enquanto coçava o pé. E depois eu ia até o quarto dele, abria a segunda gaveta da mesinha de cabeceira e relia as cartas que eu escrevi pra ele do auge dos meus 5/ 6 anos, quando morava em Alta Floresta; cartas escritas nos papéis de cartas com cheirinho. E aí meus embrulhinhos chegavam e a gente dançava subindo no pé dele e gargalhava com a música das caveiras e via os slides da Disney. E era feliz.
É muito mais fácil ser feliz quando se tem 12 anos...
Mas alguém que eu amo muitomuitomuito deve estar, agora, dançando no pé dele. E eu aposto que é a música das caveiras que se amavam...

"... Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada,
aconchegada nos meus braços, que rio
e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim."
Carlos Drummond de Andrade

Música da minha vida de hoje:
Walk in silence,
Don't walk away, in silence.
See the danger,
Always danger,
Endless talking,
Life rebuilding,
Don't walk away.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Lordy don't leave me all by myself

Woody sempre diz coisas sábias. Como:

"É agradável, de tempos em tempos, tentar imaginar o que teria sido a existência se Deus tivesse conseguido um orçamento e roteirista melhores".

Momento de vício em Moby. Música da vida de hoje:

Lordy don't leave me
All by myself
Whoa, in this world

terça-feira, 22 de julho de 2008

Just like honey...

Angústia [Do lat. Angustia} s.f. 1. Estreiteza, limite, redução, restrição: angústia de espaço; angústia de tempo 2. Ansiedade ou aflição intensa; ânsia, agonia 3. Sofrimento, tormento, tribulação: A triste reclamação acarretou o agravamento de suas angústias 4. Hist Filos. Segundo Kierkegaard, determinação que revela a condição espiritual do homem, caso se manifeste psicologicamente de maneira ambígua e o desperte para a possibilidade de ser livre 5. Hist. Filos. Segundo Heidegger, disposição afetiva pela qual se revela ao homem o nada absoluto sobre o qual se configura a existência.

Eating up the scum
Is the hardest thing for
Me to do
Just like honey

segunda-feira, 21 de julho de 2008

No, it's not going to stop

I believe whatever doesn't kill you simply makes you... stranger.

Meu final de semana começou com a descoberta dos meus mais novos ídolos. Quer dizer, de um deles eu sempre gostei... O tal do Cavaleiro das Trevas. Sempre achei fantástica toda a coisa do “Homem-Morcego” não ter poderes. Torna o herói mais real, faz com que a gente acredite que ele podia ser de verdade. Sempre gostei, também, da história do Mr. Wayne. E de toda a atmosfera sombria. Resumindo: o Batman comanda! Mas, ao sair do cinema na sexta, fui obrigada a admitir que o total oposto de tudo que o herói representava também me encanta. O caos, a anarquia, o Coringa... Ou seria o Heath Ledger? Incrível, espantoso, surpreendente, inimaginável. Ambos. O Coringa e o Heath Ledger.

Meu final de semana terminou com a (re)descoberta de que Magnólia é dos melhores filmes já feitos. Incrível! Nas minhas listas mentais de melhores cenas/ sequências do cinema, a chuva de sapos sempre entra. Ela é a representação perfeita da maior lição do filme: These strange things happen all the time. A segunda maior talvez seja a confissão em momento de desespero de Donnie Smith (ou Quiz Kid Donnie Smith): I really do have love to give, I just don't know where to put it. E quem sabe, Donnie, e quem sabe? E, de bônus, Wise Up. Linda, perfeita...

No, it's not going to stop,
Till you wise up.
No, it's not going to stop,
So just give up.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Set my spirit free...

TPM.
Eu odeio ter corpo na TPM.
Vontade de ser só alma, só espírito.
Tudo dói. Uma dor que não passa com remédio, com descanso, com reza brava, com nada.
Dor nas costas. Nos braços. Na nuca. No pescoço. Na cabeça. Nos ombros. Nas pernas. Na ponta do dedinho do pé esquerdo, o da estrada de tijolos amarelos.
E tudo triplica de tamanho. Quadruplica. Me sinto disforme. Me sinto como o Travolta em Hairspray.
My body is a cage, cantou o Arcade Fire.
Fui ver O Escafandro e a Borboleta. A idéia do escafandro grudou em mim e saiu do cinema me acompanhando. Para nossa mente, tudo é permitido, tudo é possível. Para o corpo, não. De maneira alguma eu menosprezaria todo o sofrimento de uma pessoa que só “movimenta” um olho (e o cérebro), mas acho que todo corpo é um escafandro e toda mente uma – ou muitas – borboleta. Todo corpo aprisiona, limita...
Meu escafandro, agora, dói muito e me coloca num lugar em que eu não queria estar. Mas minha borboleta voa bem longe daqui...

I'm standing on the stage
Of fear and self-doubt
It's a hollow play
But they'll clap anyway

I'm living in an age
Whose name I don't know
Though the fear keeps me moving
Still my heart beats so slow

My body is a cage
We take what we're given
Just because you've forgotten
Doesn't mean you're forgiven

Still next to me
My mind holds the key
Set my spirit free

(todo dia eu me apaixono por uma música do Arcade Fire... mas normalmente é Intervention...)

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Preparada pro fim do mundo... com o Cascão!

Minha vida não é um seriado americano, mas é repleta de episódios... E, se fosse mesmo um seriado, a probabilidade de ser Seinfield era enorme. Ontem estava voltando pra casa de noite, depois do cinema, e lembrei do dia do famoso ataque do PCC. Ok, é algo dramático, até trágico. E todo o perigo, o medo, o caos... Mas qdo eu lembro, eu percebo que só faltava o Kramer aparecer pra ser um dos melhores episódios de Seinfield. Foi tudo muito engraçado...

Começando pelo trabalho. Dispensaram todo mundo e um fretado ia levar o povo pro metrô. Eu, óbvio, precisei fazer xixi antes de ir. Aí estou calmamente lavando minha mão qdo ouço uma moça falando pra outra “Nem lava a mão, a gente precisa ir rápido, ta louca?”. Gente... Chocada como as pessoas abandonam noções básicas de higiene por qualquer coisinha. Se o PCC ia atacar de qualquer forma, que, pelo menos, eu fosse atacada limpa, não?

Caos no fretado, caos no metrô... A rua da minha casa parecia cenário de filme-catástrofe: todo mundo correndo, todo mundo empurrando todo mundo, polícia, carros a 200 Km/h.... E eu rindo muito de tudo isso. Encontrei minha irmã e meu cunhado e fomos ao mercado. A idéia era: se a gente tiver q ficar preso em casa, precisamos de mantimentos, do básico, do necessário. Aí nós compramos papel higiênico, sorvete e uma revistinha do Cascão. Ou seja, estávamos preparados até pra Terceira Grande Guerra, pra uma invasão alienígena ou pro Apocalipse.

Voltando pra casa, quase fomos atropelados por um carro na contra-mão. Higiene, bom-senso e cidadania – são essas as primeiras coisas abandonadas pela humanidade diante de uma pseudo-catástrofe.

O PCC não atacou e, no dia seguinte, a vida voltou ao normal.

Mas eu sempre vou rir muito, sozinha, lembrando desse dia.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

it's hard to stay mad, when there's so much beauty in the world...

Eu tenho a melhor mãe do mundo.
As melhores irmãs do mundo.
Os melhores amigos do mundo.
Eu tenho uma casinha que eu gosto muito.
Um emprego que eu gosto muito.
Faço um curso que eu gosto muito.

Muita coisa blé acontece.
Muita coisa me entristece.
Me confunde.
Me deixa com saudade.
Me deixa com raiva.
Me deixa nervosa.

Mas, no fundo, é tudo tão pequenino... E o primeiro bloco de frases é o que importa... No fundo, eu concordo com o Lester... Há muita - mas MUITA mesmo - beleza no mundo...

I guess I could be pretty pissed off about what happened to me... but it's hard to stay mad, when there's so much beauty in the world. Sometimes I feel like I'm seeing it all at once, and it's too much, my heart fills up like a balloon that's about to burst... And then I remember to relax, and stop trying to hold on to it, and then it flows through me like rain and I can't feel anything but gratitude for every single moment of my stupid little life... You have no idea what I'm talking about, I'm sure. But don't worry... you will someday.
(Lester Burnham, em American Beauty)

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Trio Los Angeles


Caetano diz que é impressionante a força que as coisas parecem ter quando elas precisam acontecer... E eu acho impressionante o quanto a gente parece que precisava ser amigo...

Quando, em junho do ano passado, o menino de cabelo esquisito entrou atrasado na sala do elemento terra do Encontrão do Básico, nada mudou na minha vida.

Quando, em julho do ano passado, a menina do Workshop de Clown me ofereceu comidinhas no intervalo da aula e trocamos meia dúzia de palavras, nada mudou na minha vida.

Quando, em agosto do ano passado, eu entrei na sala daquela que seria minha turma de PA1 (e de PA2A e de PA2B...) e lembrei "Essa menina fez clown comigo.... Esse menino tava na minha sala do Encontrão...", nada mudou na minha vida.

Mas é que precisava acontecer...

E hoje, quando eu não imagino que algum dia eu possa estar longe deles e não ouvir "asterísticooooo!" e "oi, cara de boi!", eu só espero que nada mude e que a gente continue sempre assim, sendo amigos, primos, brimos, trio los angeles...

E ainda bem que ela era minha velha eu e ele era meu primo chato filho de cafajeste!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

The killing moon... Will come too soon

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

(Lua Adversa - Cecília Meirelles)

** Fase de ler e copiar e não criar nada **

terça-feira, 8 de julho de 2008

Momento Barbie na Caixa

Dá pra acreditar q tem gente que ganha pra se divertir como a gente se divertiu sexta, sábado e domingo? Eu estou chocada pensando nisso.

Não, não dá pra acreditar!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Quem precisa do Natal?

E aí são 16h e você percebe que está sentada na frente do computador e que tudo que você queria nessa hora era estar chegando na Adolfo, com medo de estar atrasada e o tio brigar, arrumar suas coisas no camarim e xingar o Reinaldo pq ele é espaçoso e ocupou o espaço de 4 pessoas na bancadinha, incluindo o seu.
E aí são 16h30 e você percebe que está sentada na frente do computador e que tudo que você queria nessa hora era estar sentadinha enquanto o tio ensandecido grita "PALCOOOOOO!" e o povo vinha correndo pra ouvir as considerações sobre a última sessão de ontem.
E aí são 17h e você percebe que está sentada na frente do computador e que tudo que você queria nessa hora era estar fazendo cara de tédio enquanto as pessoas discutem coisas que não parecem ter a menor importância, como se "precisa de ver" é correto ou não.
E aí são 17h30 e você percebe que está sentada na frente do computador e que tudo que você queria nessa hora era estar procurando alguém que parecesse um pouco menos ocupado para abotoar seu vestido e fazer um laço.
E aí são 18h e você percebe que está sentada na frente do computador e que tudo que você queria nessa hora era estar pedindo pra Cínthia fazer a maquiagem dos seus olhos, enquanto você finaliza sua trança direita.
E aí são 18h30 e você percebe que está sentada na frente do computador e que tudo que você queria nessa hora era estar fingindo que está fazendo exercícios de voz, enquanto espera a hora de dançar horrores e bater na bunda.
E aí são 19h e você percebe que está desligando o computador e que tudo que você queria nessa hora era estar parada na beira do palco, encarando a Camila sentada lá no fundo, segurando a barra do vestido e começando a descer aos poucos a escadinha enquanto ouve Mad World.
E aí a noite vai passando e você percebe que queria estar conferindo a maquiagem da Lilian, segurando a cortina pra ninguém ver a gente na entrada, combinando com a Cínthia possíveis saídas para possíveis problemas na próxima cena, puxando o urso, batendo com o urso, pisando o urso, jogando o urso, correndo pelas coxias e pelo camarim pra dar a volta no teatro absurdamente rápido para voltar pro palco ao som de Young Folks, fazendo "shhhhhhhh!" no camarim, segurando a vontade de fazer xixi, separando as roupas do Rafa, fazendo a trança na Dani, correndo pra encher o balde, gritando ensandecidamente que a Maria Tereza não é sua querida e agradecendo e reconhecendo pessoas e se surpreendendo pq Fulano ou Beltrana está ali e refazendo a trança e voltando no mesmo processo anterior pela segunda vez na noite e....
E aí você pára e percebe que você gostaria mesmo que acontecesse algo como em Feitiço do Tempo, mas não fosse o Dia da Marmota. Fosse - TODO DIA - dia 06 de julho. Fosse - TODO DIA - dia de No Natal a gente vem te buscar.
E aí você percebe que você disse centenas de vezes nos últimos meses "Quem precisa do Natal?" e que VOCÊ PRECISA do Natal.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Tell me why, oh why, oh why cant my dream come true

Were lost in a cloud
With too much rain
Were trapped in a world
Thats troubled with pain
But as long as a man
Has the strength to dream
He can redeem his soul and fly

And while I can think, while I can talk
While I can stand, while I can walk
While I can dream, please let my dream
Come true, right now
Let it come true right now

Por favor, por favor, por favor... Seja amanhã logo!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

When people run in circles its a very very mad world

Eu acho que, no final, o que eu mais gostei foi de ter participado da seleção da trilha sonora. E, talvez, eu coloque aspas no “participado”. Pq foi a participação – com aspas ou não – que me fez mudar de idéia, que me fez gostar da peça. Ok, a história é cafona e piegas, existem falas que me dão até vergonha de tão péssimas, a estrutura não é das melhores e, bom, i’m a monster. Mas colocar uma parte de mim nas músicas, fez com que a aproximação fosse inevitável.
Quando o iniciozinho de Mad World começar a tocar, às 19h de sexta – numa óbvia referência a Donnie Darko (que eu amo ensandecidamente), eu sei que vou esquecer as coisas não tão boas.
Quando a velha estiver abandonada ao som de Cripple and Starfish – e nada poderia ser mais triste nesse momento -, música que a Msla me fez amar, eu sei que vou esquecer as coisas não tão boas.
Quando o assobiozinho do início de Young Folks – música pela qual me apaixonei perdidamente nos últimos tempos - embalar a brincadeira das crianças, eu sei que vou esquecer as coisas não tão boas.
Quando o velho e a velha se olharem e a voz deliciosa de Fred Astaire der início a Cheek to cheek, eu sei que vou esquecer as coisas não tão boas.
Quando ao fundo do ritual se ouvir o enorme emaranhado de sons, pontuados por Sympathy for the Devil e Bat Macumba, eu sei que vou esquecer as coisas não tão boas.
Quando começar If I can dream e a dor de Elvis se misturar com a dor da Emília, que é também a minha dor, eu sei que vou esquecer as coisas não tão boas.
E, quando eu ouvir pela primeira vez a voz de Norah Jones dizendo “it’s only love, it’s only love...”, no início de Easy, eu sei que tudo mudará. E que só existirão as coisas boas. It’s only love...

E eu não acredito que ainda faltam 2 dias inteirinhos!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Amy, Elvis, Zach e velhinhas japas

Eu acho que eu gosto da Amy Winehouse pq ela me parece sempre sentir muito o q está cantando... É como se ela não cantasse simplesmente, mas sofresse - e muito - com cada palavra que sai da boca dela. Eu tenho vontade de segurar na mão dela e dizer “Vai ficar tudo bem” quando ela canta Love is a losing game. Ela me faz pensar em Elvis, que também parecia sentir demais... Dá pra sentir a dor dele quando ele canta If I can dream. If I can dream que tem me feito sofrer tanto, by the way... E ambos me lembram Zach Braff em Garden State, na banheira, dizendo que doía demais, pq era a primeira vez que ele sentia na vida...

E eu adoro velhinhas japonesas de chapéu... Elas têm estilo!